quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Reflexo


Todos gostariam de ser algo que não são, ter algo que não têm. É inevitável. Ninguém é perfeito. Compete-nos a nós conseguir sair da concha e voar. Embora nem sempre dependa de nós: obrigações, deveres, medo de desilusão são todos factores que nos levam a ficar na concha, demasiado confortáveis mas ainda assim, infelizes.

A pequena sereia queria sair do mar e conhecer o mundo dos humanos, a Bela queria sair da pequena aldeia onde vivia e entrar numa história de príncipes encantados, a Mulan queria dar um sentido à vida maior do que se conformar em honrar os pais.
Penso que muito se pode tirar de histórias infantis e eu que, certamente, cresci com elas, encontro uma parte de mim em cada personagem.

O que quero dizer é: o conforto não compensa se não houver vontade de viver cada dia quando o despertador toca; O dinheiro não tem valor se não houver maior ambição: ambições humanas, solidárias!; E o medo de desiludir os outros não compensa quando todos os dias nos sentimos desiludidos connosco mesmos.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

AVATAR - Pocahontas


Quando falei em ir ver o AVATAR (a nova revelação cinematográfica), uma colega minha disse-me: Gostaste da Pocahontas? É igual!

E na verdade, o AVATAR não passa da mesma história já recontada inúmeras vezes: a história da humanidade (infelizmente cada vez mais negra). A necessidade de querer sempre mais mas, em vez de se querer mais espiritualmente, os homens cada vez querem mais materialmente. São inúmero os episódios ao longo da história em que os homens puseram a riqueza à frente da vida (basta lembrar o tempo da escravatura: tanto do povo africano como dos índios) e assim continuará a ser. Infelizmente.
Claro que este filme tem um final feliz, mas receio que no mundo real, ele não viesse a acontecer.

Durante toda a história, é enfatizada a importância da ligação entre toda a natureza: as árvores, os animais, e os habitantes. Senti mesmo pena de cada vez haver menos pessoas no mundo capazes de perceber esta ligação. Só porque o ser humano não tem tranças compridas que se ligam à relva ou a pássaros gigantes, não quer dizer que não possamos compreender e sentir a simbiose entre todas as coisas.
Mas é bem mais interessante matar um elefante e ganhar umas notas com a venda do marfim, do que torná-lo companheiro fiel de vida...
Tenho mesmo pena ... e como chorona que sou, acho que me tive mesmo de aguentar para não deixar cair uma lágrima de desilusão pela humanidade.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Seasons of Love

525 600 minutes
525 600 moments so dear
525 600 minutes
How do you measure, measure a year?

In daylights, in sunsets,
in midnights, in cups of coffee?
In inches, in miles
in laughter, in strife?

525 600 minutes
How do you measure a year in the life?

How about Love?
Measure in love!
Seasons of love!

525 600 minutes
525 600 journeys to plan
525 600 minutes
How do you measure the life of a woman or a man?

In truth that she learned?
or in times that he cried?
In the bridges he burned?
or the way that she died?

Its time now to sing out
though the story never ends!
Lets celebrate remember a year
in the life of friends!

How about Love?
Measure in love!
Seasons of love!

Quem me conhece, sabe que sou uma fã, literalmente fanática, de musicais. Se tivesse nascido nos Estados Unidos, seria uma daquelas desgraçadas, no fundo da "cadeia alimentar" escolar ! Mas uma desgraçada orgulhosa!

Os musicais têm um pouco de tudo: alegria, tristeza, revolução, raiva, amor!
E assim, deixo-vos hoje uma música de um vencedor da Broadway: Rent.

É bom reflectir sobre o quão relativo é o tempo. Passa rápido quando não se quer e quando se quer, passa devagar. E o tempo é assim tão importante? Marcações, horários, prazos, limites!
Às vezes, deixamos de ligar ao que é realmente importante. E por que não medir um ano em viagens ou risos ou dias de sol? Ou Amor?

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Ano Novo. Vida Nova? (É desta?)







Ora bem... como sabem eu não gosto de passagens de ano. E não gosto mesmo! Este ano não foi excepção. O dia 31 voltou a ser um dia doloroso (de certa forma compensado pela distracção do trabalho que não deixei de fazer), e a noite ainda pior! Por mais que seja "só mais um dia" (porque o é mesmo), não deixa de ser o último dia do ano e eu não consigo ignorar todo o significado que representa. O fim de uma etapa, de um ciclo, de uma história. E eu não gosto de despedidas, nunca gostei e sou uma chorona. Portanto, custou! Custou mesmo muito.

MAS!

Mas! Ao contrário dos outros anos em que parte da minha depressão era também provocada pelo facto de o fim de ano ser uma altura de mudança e nada mudar na minha vida, este ano acordei com um sorriso nos lábios na primeira manhã do novo ano. Porque este ano sim, irá haver mudança. Aproxima-se o fim de uma fase, e o início de outra. Se tudo correr bem, a faculdade estará para trás das costas daqui a dois meses e finalmente iniciarei a minha vida no mercado de trabalho. Portanto, é uma grande mudança, e estou feliz por vir a acontecer!
Gostava de especificar mais sobre o tema, mas eu tenho algumas "superstições pessoais" (inventadas por mim quase, nada a ver com gatos pretos ou escadotes) e tenho medo de espalhar uma boa notícia que depois, por algum motivo, não se venha a verificar. Portanto daqui a mês e meio cá estarei a contar a nova etapa da minha vida!

De resto, desejo a todos um excelente ano! Cheio de mudanças boas, porque as mudanças dependem sobretudo de nós e compete-nos faze-las acontecer!