sexta-feira, 30 de abril de 2010

Reflexão

Na passada terça-feira foi feriado aqui na terrinha .... conclusão: passei quatro horas sozinha à beira rio (mesmo aqui à porta de casa), só com o meu leitor mp3, o meu caderninho e a minha caneta. Foi dos momentos mais bem passados que já aqui tive. Tudo está verde, as flores preenchem os jardins, o rio está cheio de vida, as montanhas parecem tiradas de um filme.

É tão fácil ficar preso aos problemas, tão preso que se desespera. Não se dorme, não se come, não se sai ... tudo porque os problemas não param de tilintar. Às vezes há coisas tão simples que se podem fazer para limpar o pensamento... mas com a preocupação fica-se cego e deixa de se ver o que é simples.

A minha tarde junto ao rio, ajudou-me a recuperar alguma da sanidade que tenho perdido ao longo destes dois meses. Não me sinto completamente renovada nem passei estes últimos dias super feliz mas a verdade é que foi mais fácil do que antes e acredito que foi, de facto, aquela tarde que me ajudou a recuperar alguma da minha paz. Acredito também que se tornar num hábito estes momentos, tudo passará a correr melhor.

Aconselho a todos os que estejam na mesma situação a tirarem uma tarde para si. Não para ver televisão ou jogar computador mas para fazer um exercício de meditação e reflexão. Tudo fica mais claro no final.

Eu tenho muito a agradecer ao meu amigo António Valério que me emprestou um guião para me ajudar a reflectir.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Solidão e Dependência





A solidão traz um vazio terrível que prende o coração e aperta a alma. Só apetece chorar, gritar: "Por que é que não tenho ninguém??"
Mas a verdadeira solidão, aquela em que nem os amigos de "saídas" estão lá, essa sim: dói.
Não há com quem falar, não há com quem ir a um bar esquecer os problemas, não há a quem enviar uma mensagem a perguntar "vai um café?".

Então, há alguém, lá no fundo do vale que olha para ti, e diz "Espera. Eu quero conhecer-te". E assim se inicia uma amizade. Sai-se, conversa-se, trocam-se ideias. Tudo se torna mais leve, mais fácil. Mas o que não se pode gerar é dependência. Há que saber balancear, ter paciência sobretudo. Não se pode exigir do outro com egoísmo, auto-centrismo, exclusividade. Saber esperar pelo nosso momento torna tudo mais emocionante. Como li no Principezinho: contar os minutos e os segundos com ansiedade e excitação para ver um amigo.

"A raposa calou-se e ficou a olhar durante muito tempo para o principezinho.
- Por favor... prende-me a ti! - acabou finalmente por dizer.
- Eu bem gostava - respondeu o principezinho - mas não tenho muito tempo. Tenho amigos para descobrir e uma data de coisas para conhecer...
- Só conhecemos as coisas que prendemos a nós - disse a raposa. - (...) Se queres um amigo, prende-me a ti!
- E o que é que é preciso fazer? - perguntou o principezinho.
- É preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas todos os dias te podes sentar um bocadinho mais perto...
O principezinho voltou no dia seguinte.
- Era melhor teres vindo à mesma hora - disse a raposa. Se vieres, por exemplo, às quatro horas, às três, já eu começo a ser feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sentirei. Às quatro em ponto já hei-de estar toda agitada e inquieta: é o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca saberei a que horas é que hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito... São precisos rituais.
(...)"





Tirei estas fotos no Zoo de Ljubljana...

domingo, 11 de abril de 2010

De volta


Mais uma semana passou e que rápida!
Esta solidão que aperta voltou. É difícil ter tanto cá dentro para deitar fora e não ter como o fazer.
Nenhum homem é uma ilha e eu, por mais que me queira convencer de que sou uma ilha, começo a perceber que é uma tentativa frustrada.

Deixo-vos com algumas fotografias da Eslovénia e de Veneza.









sexta-feira, 2 de abril de 2010

Regresso temporário



Depois de um mês e meio, finalmente vou a casa!
Não sei porquê mas ainda não me habituei à ideia. Há que arrumar malas, preparar a casa e nem me lembro ...

De qualquer forma, quero ver esta viagem de apenas 2 dias e meio, como um carregador ligado à ficha. Quero encontrar forças e matar a sede para depois continuar a caminhar.


quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ponto de Luz


Hoje foi um dia mau ...



Gostava de saber libertar a mente ... e encontrar um Ponto de Luz.