quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal


Amigos,

Desta vez, não vou escrever um testamento zangado. Decidi que o Natal é demasiado bom para me deixar influenciar por opiniões pouco conhecedoras.
Desta forma, venho desejar-vos um excelente Natal, com tudo o que lhe deveria estar associado: paz, amor e harmonia. Que Jesus possa renascer nos vossos corações!

Deixo-vos com uma música do filme "Mickey's Christmas Carol", uma versão animada do conto de Charles Dickens que me lembro de ver desde muito pequena.

Feliz Natal a todos

Mariana

sábado, 21 de novembro de 2009

Sentir Novo

Tenho um sentir novo
Um vazio na memória para encher
Com uma história.

De bruxos e Dragões
E uma linda princesinha
A encher-me de ilusões...

De cavaleiros andantes

Que correm por um sonho

Em terras distantes
Para além do tempo.

Por: Diogo Carneiro, Lúcia Ribeiro


Barreiras são criadas e muralhas erguidas. O peito fechado, a cabeça bloqueada, e assim se sobrevive. Fechada às emoções, aos sentimentos, aos acontecimentos. Tudo por medo. Não é saudável. A vida dói, bate, dá pontapés. Justifica, o medo, tudo isto? Preparar o coração para o que vem de mau, dizem. Se já se estiver a contar com o pior, não dói tanto. Mas eu começo a acreditar no karma: tanto acredito no pior, que o que é bom vai deixando de acontecer.
Nada justifica, então. Abrir portas, abrir ideias, abrir mentalidades. Mesmo que tudo falhe, mesmo que a noite desça, mesmo que o sol se ponha. Porque um dia, sei que, se acreditar no que é bom, coisas boas vão acontecer .

A vida é um constante treino, uma preparação para o dia seguinte, a hora seguinte, o minuto, o segundo. E se perder demasiado tempo a fugir, nunca vou estar pronta, e o climax da minha vida nunca chegará.


Entretanto, vou sonhando com elfos, dragões e bruxas. Vou esperando pelo dia em que vou voar.

E pelo menos ... já fui princesa por um dia.






sábado, 7 de novembro de 2009

Vazio no Peito

Sinto o Outono a chegar,
enquanto o que há de bom em mim murcha,
e dá lugar às noites frias e escuras do Inverno





Incrível como já passou quase um ano desde que vos comecei a deixar as minhas mensagens e pensamentos. Puderam acompanhar os meus altos e baixos, as minhas alegrias e tristezas, os meus valores e crenças, quase como se este blog fosse um resumo do meu diário. Seria natural que, ao longo deste ano, eu tivesse feito progressos! Cresci, acabei a faculdade, comecei a trabalhar. Mas por dentro, bem fundo, estou igual, ou se calhar, até pior. Sinto-me a retroceder e não a avançar. Por isso mesmo, decidi chamar a este post "Vazio no Peito".

Se tivesse de descrever por palavras o que sinto neste momento, não conseguiria. É um estado de espírito tão negro, tão sombrio, que se tornou físico. Tenho um ardor na alma, uma gaiola no peito. É como se algo estivesse cravado no meu peito, uma mão, que tenta, a todo o custo, arrancar-me o pouco que resta do meu esburacado coração. Aos poucos, têem-me tirado a alma. Vivi sempre de acordo com o que "era melhor para mim" e não de acordo com o que desejava: perdi a alma, perdi a felicidade genuína. E agora, alguém me arranca o que resta do meu coração. Sim, porque parte dele já me foi arrancada. Está despedaçado, partido, esburacado. E agora, tenho uma mão, dentro do meu peito, que me magoa a todos os instantes, não me deixa dormir e não descansa, enquanto não arrancar o pouco que me resta. Os olhos ardem-me, as mãos tremem, o nervosismo inunda cada parte do meu ser.

Ontem, por instantes, achei que me ia sair o Euromilhões (acabei por não ganhar nem 1€). E incrivelmente, estava super bem disposta a pensar: vou comprar o meu próprio teatro, produzir as minhas peças, ser a proxima La Feria! E assim, serei feliz. Que parvoíce a minha!


A coisa que mais me mete medo no mundo não é a pobreza: é o vazio. Não quero ter o peito vazio no lugar onde devia estar o coração. Um dia, um bom amigo disse-me
"Tu já mais serás pobre, porque em espírito, já não o és". Mas e se perder o que resta de mim? Nao quero perder o amor, o desejo, a alegria. E sinto tudo isso cada vez mais distante de mim. Estou a afundar-me, cada vez mais fundo, num mar escuro e assustadoramente vazio.

Não consigo deixar de pensar no mundo como um lugar injusto e isso, devora-me o ser.

sábado, 10 de outubro de 2009

Luta Diária

Ultimamente tenho lutado muito pela minha sanidade mental. É mesmo complicado viver sobrevivendo.

É fácil falarmos dos problemas dos outros "Não te preocupes, vai ficar tudo bem", mas é difícil ouvir os outros a subvalorizarem os nossos problemas. Por mais que me queiram fazer ver que "há sempre gente pior", isso não significa que os meus problemas não sejam importantes e não me façam sofrer.

Mas quando o buraco se vai tornando mais fundo, as paredes mais escorregadias, é fácil perder a esperança. Vejo a luzinha desaparecer e a escuridão preencher a alma: tudo foge, tudo ilude, tudo cai por terra. Perco a força, sento-me, ponho a cabeça entre os joelhos, fecho os olhos. Deixo-me envolver pelo escuro. Descanso. Espero um pouco, tento aquecer o coração.

Mais tarde, tento de novo. E quando abrir os olhos, quando levantar a cabeça, espero ver a luz bem perto de mim, o buraco bem menos fundo e uma mão à superfície que me ajude a sair.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Campinácios



Para quem não sabe o que são os Campinácios, passo a explicar: os Campinácios sao acampamentos de Verão organizados pelos colégios de Jesuítas para crianças que frequentem esses mesmos colégios.


Então, mais uma vez, lá fui eu de mala às costas animar um campo de Trotinetas (7º e 8º anos).


Apesar do cansaço imenso, das poucas horas de sono e do stress inerente a qualquer actividade que envolva adolescentes, é tão gratificante ver como 41 crianças evoluem ao longo de 10 dias.
Sem telemóveis, televisão, ou computador, o essencial torna-se mais óbvio!


Entram entusiasmados, cheios de vontade de viver, e saem mais humanos, mais sensíveis, mais únicos!
Fazem novos amigos, aprendem novas coisas, descobrem mais de si! E tenho a certeza de que, por tudo isto, serão melhores pessoas!

domingo, 23 de agosto de 2009

Mal com o Mundo


"Hakuna Matata: Quando o mundo te vira as costas, tu viras as tuas costas ao mundo", já dizia o Timon n'O Rei Leão. E às vezes apetece mesmo. Naqueles dias em que tudo está contra nós.

As pessoas ofendem-nos, discutimos, ficamos chateados. Para mim, nada é pior do que zangar-me com alguém. Sobretudo com alguém que, depois, não é capaz de conversar sobre o assunto, fazer as pazes.


Não é solução discutir e no momento seguinte, agir como se nada tivesse acontecido. Se eu não resolver o assunto, ele vai voltar a surgir até ao dia em que não haverá volta a dar. Portanto, há que falar, explicar os pontos de vistas, tentar compreender o outro lado. Falar.

A comunicação é a base da sociedade, da civilização e, como tal, da amizade.

Hoje, estou cansada, exausta. Não por esforço físico, mas pela enorme dor que tenho no coração e que faz doer cada segundo que passa.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Festival Jota



Há muito que não escrevo, mas as circunstâncias nã0 têm mesmo permitido.

Nos dias 24,25 e 26 de Julho ocorreu na Praia de S. Jacinto o Festival Jota. Um evento diferente, para pessoas diferentes sem vergonha de o exprimir: um festival de verão cristão.
Artistas como La Voz del Desierto, Heber Marques e Gaby Soñer animaram as noites e lembraram a importância da oração.
Com o aumento das bandas cristãs, as pessoas tornam-se mais estimuladas a participar em eventos cristãos: gritam, dançam, cantam. Mas acredito que, apesar de as pessoas se aproximarem pela música, não se pode esquecer a importância da oração. Não se trata só de fazer uns acordes interessantes, e umas letras fáceis de decorar, mas sim de Louvor. E senti que este ano, houve mais bandas a orar, a lembrar a importância da reflecção. Só espero, é que o público compreenda esta importância e faça pelo menos um esforço, para entrar no espírito. Porque garanto que não se vão arrepender.



segunda-feira, 11 de maio de 2009

Queima das Fitas - A Despedida

Ainda ontem participava no meu primeiro jantar de curso e hoje já me despedi da última Queima, enquanto estudante!
O tempo passa a correr e por vezes, tanto desejamos que chegue o próximo fim de semana, as próximas férias, o próximo Natal, que nem damos conta dos dias que passam sem serem aproveitados.
Há quem esteja feliz pois um novo 'início' está a chegar. Há quem esteja triste pois um 'fim' está à porta. Eu devo admitir que o 'início' me assusta. Não sei para onde vou, o que quero. Preferia ficar num estado intermédio, sem ter de enfrentar a vida árdua que raramente corre como queremos.

O mundo existe para quem lá está, ou para quem conhece quem lá esteja. Para nós, existe apenas a sorte e como, regra geral, sou uma azarada, não tenho grande esperança de conseguir um lugar lá fora.
Não tenho um 'tio' nem nenhum conhecido com factor 'c', não sou nenhuma aluna brilhante nem estou disposta a sacrificar a minha vida pessoal por um emprego abusivo e um salário exagerado. Que me resta então? O 8 visto que não quero 80 e cada vez há menos caminhos intermédios.

E para quem me conhece, cá vem a parte 'à Mariana' : resta o sonho. Sonho esse que cada vez está mais difuso e mais distante. Tira-nos a liberdade, tiram-nos a oportunidade e agora o sonho. Porque cada vez é mais difícil manter a esperança viva.


sexta-feira, 24 de abril de 2009

Amor em tempos modernos


Então, já devem ter ouvido falar do Crepúsculo (Twilight), a nova moda adolescente. Ao ler o livro, fui assolada por uns pensamentos que decidi partilhar.
De onde vem a fama de uma história tão incrivelmente simples? De um amor à antiga, pois com certeza! Quem não gostaria de encontrar um príncipe encantado?

Na verdade, menos pessoas do que se pensa... porque hoje em dia, interessa mais a emoção do momento do que um futuro construído. Na visão de muitos, construir o futuro hoje, é não aproveitar o presente.
Ora bem, o livro vem precisamente defender o contrário. Viva os amores à antiga!

Mas há que admitir que o mundo de hoje não o permite. Com o excesso de estímulos à volta, é complicado focar uma única coisa. Assim, quando há uma nova versão de um programa de computador, é só chegar à internet e fazer download, quando o namorado fica obsoleto, troca-se por um melhor. É uma riqueza!

Mas aposto que até as pessoas que trocam de namorado conforme a cor dos sapatos, se derreteriam por um Edward e passavam a andar descalças!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Roma: uma viagem cultural, uma viagem espiritual.

Queridos amigos:
Escrevo hoje sobre a viagem que fiz a Roma.

Por vários motivos, adorei. Adorei a tal ponto que me senti revoltada quando acordei na minha cama, apercebendo-me que tinha acabado.

Provavelmente por ter um pai extraordinariamente culto e que sempre me incutiu o bichinho do conhecimento, adoro História. Portanto, não era de admirar que cada novo monumento, pintura ou escultura me fizessem vibrar! Uma cidade cheia de coisas para ver. Estive apenas 3 dias, e não vi nem metade!

É incrivel a mistura de culturas (dada pelo elevado número de turistas), a riqueza das ruas e edifícios e o maravilhoso som da língua italiana.
Para quem gosta de cultura e História, aconselho vivamente a visitar Roma.

Mas nem só de pão vive o homem e como tal, tivemos também a oportunidade de tornar esta viagem quase num retiro espiritual. Devo dizer que, pessoalmente, não me senti muito tocada pela missa do Vaticano (demasiada gente para atingir qualquer profundidade), apesar dos cânticos maravilhosos. Senti-me tocada sim, pela casa de Santo Inácio. Mantida dentro da casa da Companhia de Jesus, conserva ainda muitas das coisas do tempo de Santo Inácio: alguma mobília, as suas sandálias, quadros.
Mas o mais importante: a capela onde Santo Inácio rezava. O nosso amigo António Santana juntamente com o José Frazão, preparou-nos uma Eucaristia nessa mesma capela. Só para o nosso grupo... que maior privilégio poderíamos ter? Uma missa profunda, mesmo como os jesuítas sabem fazer, que nos renovam alma e espírito. Nada melhor para acabar as férias.

Deixo-vos algumas fotografias que, espero, agucem a vossa curiosidade.



Espero que gostem e muito obrigado ao António Santana por tudo, e também ao José Frazão.

terça-feira, 10 de março de 2009

Diferença

Bom ou mau?

Para mim: excelente!

A diferença é o que faz o mundo rodar, evoluir. É o que nos faz caminhar, aprender, sonhar. Sem diferença, tudo seria cinzento e monótono.

Ser diferente do outro: motivo para criar um inimigo? Nunca!

A diferença é, antes de tudo uma coisa boa! Se o outro for igual a mim, de que posso conversar, ou que posso aprender? Mas se o outro for diferente, os temas de conversa são infindáveis, os debates vivazes e a curiosidade aguçada a cada momento.

Não devo transformar o outro num ser igual a mim, mas sim amá-lo pelas diferenças que tem. Pois querer mudar alguém, moldá-lo a nós, é ser egoísta.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Perda

A perda é das coisas mais complicadas na vida.

Perder um familiar ou um amigo querido, gera uma série de sentimentos que não deixam viver. Revolta, angústia, medo, raiva, desespero, não-aceitação. Como ultrapassar cada fase? Como continuar a ter fé?

Não há uma explicação lógica ou científica. Mas cada momento é importante e cada parte do luto é fundamental. Cada lágrima permite a libertação dos sentimentos que apertam e cada abraço permite preencher um pouco do enorme vazio que se gera.
Viver cada dia pode ser insuportável mas é mais um passo que se dá para tornar o presente passado, apagar a dor, e dar valor à memória, à lembrança.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ser Maior

Quantas vezes nos sentimos mais pequenos do que um grão de areia?

Sentimo-nos insignificantes, desnecessários.

Mas até uma gota de água pode fazer transbordar o copo.

E eu, sou maior do que a soma das minhas partes. E eu sou EU. Profunda, transparente, sensível, sincera. Mas mais do que tudo isto junto.

Cada um é mais do que o somatório das suas qualidades e defeitos. E sou maior que eu mesma.

Sei que não posso impedir a chuva ou o vento, mas posso segurar uma lágrima e afagar uma mão. É isso que faz de mim necessária, importante.


É isso que faz cada um de nós especial, necessário, único.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Escolha

Que caminho tomar?

Todos os dias nos deparamos com escolhas, quer seja em relação a coisas basicas (como escolher a roupa), quer seja em relação a assuntos complexos (mudar de trabalho? que curso tirar? conto a verdade a um amigo, mesmo sabendo que o magoo?).

A indecisão é terrível, faz sofrer. Andar para a frente implica não poder voltar a atrás. E se a escolha não for a mais acertada? E se o caminho correcto afinal fosse o que não escolhi?


A escolha é difícil.

E são as escolhas que fazem de nós, aquilo que somos. São os caminhos que tomamos que nos levam a ser quem somos.

Se escolhi um bom caminho, entao vou tornar-me numa boa pessoa.

Entao e se escolher o mau caminho? Não é possivel voltar atrás. Mas é possivel pegar num mapa, numa bússola, confiar em Deus, e lançarmo-os à descoberta pelo mato, até encontrar o caminho certo. É verdade que no mato há escuridão assustadora e espinhos que nos arranham, ninguém disse que as escolhas eram faceis. Mas ao chegar, tudo terá valido a pena. O medo, a dor, o sofrimento. Tudo passa ao chegar ao fim da viagem. Porque no fim da viagem, uma nova viagem se inicia. E esta, será melhor.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Exame de Consciência


Decidi colocar hoje uma música do filme Missão.
Não sei porquê mas faz-me reflectir, pensar, meditar.
Centrar-me em mim. No meu ser, no meu sentir, no meu existir.
Todos devemos ter um momento destes: fazer um exame a nós próprios. Analisar a consciência e o estado da nossa mente.
Estou triste, estou contente, estou preocupada? Porquê?

Reflectir sobre nós próprios ajuda-nos a chegar ao cerne, a descobrir o que realmente nos perturba. E, a partir daí, torna-se muito mais fácil encontrar o caminho. Lembro-me de alguém com quem deixei um assunto pendente, lembro-me de algo que gostaria realmente de fazer, lembro-me de uma responsabilidade que me faz pesar.
Peço desculpa, faço as pazes, ajudo alguém, cumpro o meu dever.

A partir de um simples exame de consciência não só tornamos a nossa mente mais saudável como também as mentes das pessoas que nos rodeiam. Ficamos mais leves e conseguimos caminhar melhor.
Entregar a Deus o que vai na alma, é tirar o chumbo dos bolsos. Deixem-se levar pelo Amor e examinem a consciência!